sexta-feira, 18 de setembro de 2015

terça-feira, 2 de junho de 2015

Isoporzinho da Juventude


Galera, vivemos um momento de intenso debate sobre qual é o papel da juventude na sociedade. Até onde o Estado tem cumprido com suas obrigações? A juventude tem oportunidade? Qual é a solução de nossos problemas?

Venha discutir conosco!


*Não é obrigatório, mas quem puder levar comida ou bebida contribuirá com isoporzinho.

domingo, 25 de maio de 2014

Sobre desemprego, juventude e senso comum

    
 * Por Álvaro Jr.
 
Na última quinta-feira, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego recuou de 5,0 % em março para 4,9 % em abril. Comparado com abril do ano passado, o número de desempregados caiu 17%, que equivale a 240 mil pessoas incorporadas ao mercado de trabalho. Mas como o número de postos criados não avançou na mesma proporção, foram 34 mil novos postos, concluímos que caiu o contingente à procura de trabalho.
Temos um cenário onde o número de pessoas ocupadas já não evolui como antes, dado a taxa baixíssima de desemprego, e a população economicamente ativa (PEA), que poderia aumentar a taxa de desemprego ao aumentar a força de trabalho disponível que não é suprida por um número suficiente de vagas oferecidas, cresce em velocidade mais baixa, chegando até a apresentar uma tendência de recuo momentâneo. Isso faz com que tenhamos uma estabilidade na geração de vagas. 

Temos menos jovens ingressando no mercado de trabalho, por que isso? A oferta maior e condições mais favoráveis para que os jovens permaneçam mais tempo no ensino formal ou se dedicando ao aperfeiçoamento de sua formação influenciam nessa realidade, mas o que realmente viabilizou que as famílias possam fazer um planejamento melhor sobre o ingresso de seus membros no mercado de trabalho, foi o aumento do rendimento das famílias, promovido, entre outros fatores, pela redistribuição de renda.

O senso comum, fomentado maliciosamente pela Direita organizada no Brasil, propaga a seguinte frase: “o Brasil precisa de emprego, não de bolsa família”. Acontece que o bolsa família, que se mostra um mecanismo muito bem-sucedido de redistribuição de renda, junto a outras políticas públicas do tipo, causa transformações que vão além da dignidade adquirida pelas famílias que passam a ser contempladas. Essas políticas propiciam que milhares de jovens que abandonariam a escola e entrariam prematuramente no mercado de trabalho há alguns anos, hoje possam passar mais tempo dedicados à sua educação e aperfeiçoamento, ingressando no mercado de trabalho com dignidade e de forma planejada. O Brasil precisa sim de mais redistribuição de renda e menos desse senso comum vazio.

*Álvaro Jr. 
Secretário municipal da Juventude do PT Petrópolis.